Entrevista para o canal de televisão francês TF1

Fama?

“A fama não é algo que você pode se comprar saindo em revistas, sendo seguido por paparazzi. Fama está dentro de você, é amor-próprio, a sua liberdade.”


A nova Madonna?

“Ninguém nunca vai ser a nova Madonna, ninguém vai tomar seu lugar. O que Madonna fez para o feminismo e as mulheres de todo o mundo, a revolução sexual não pode ser substituída, isso já foi feito.”


Aos três anos tocava piano, certo?

“Sim.”


E aos 13 começou a compor?

“Eu era muito habilidosa no piano, muito tempo antes de começar a cantar.”


De quem é mais fã, Michael Jackson ou Andy Warhol?

“Bem, eu amo meus dois pais … meus pais metaforicamente.”

“Eu costumava rezar aos16 anos na escola, eu não me identificava com os outros, eu era muito criticada, me sentia como uma aberração. E rezava para que Deus me enlouquecesse. Querido Deus, por favor, me torture, como torturou Mick Jagger, como torturou David Bowie, Andy Warhol, me torne doente como você fez com Judy Garland. Eu queria entender a profunda ligação com a tristeza e a escuridão dos artistas que eu admirava. Minha extravagância, a natureza da minha ostentação, é o resultado da devoção à minha arte.”

“Eu sou uma mestre na arte da Fama. Há realmente uma diferença entre ser um artista famoso e uma celebridade. Eu não sou uma celebridade, eu sou uma musicista, uma artista pop.”


Brincando com a sexualidade?

“Muito do meu trabalho tenta destruir o preconceito sobre a sexualidade das mulheres, mulheres na música, mulheres na mídia. Particularmente no meu vídeo de Telephone, que causou mais controvérsia do que todos os meus outros vídeos.”

“Eu amo o boato que diz que eu tenho um pênis, eu te amo! Além do mais, esse rumor me faz amar ainda mais para meus fãs. Milhares deles vêm aos meus shows todas as noites, e não se importam se eu sou um homem, uma mulher, um hermafrodita, gay, heterossexual, travesti, transexual, não importa. Eles estão lá pela música, pela liberdade. Essa foi a melhor conquista da minha vida, ver jovens perceberem que o que a sociedade lhes ensinou estava errado, a cultura gay é a essência de quem eu sou, e vou lutar pelas as mulheres e pela comunidade gay até morrer.”

Se você pudesse dar uma mensagem para as pessoas que te admiram, qual seria?

“Oh, ame a si mesmo, seja quem você é. Nunca deixe ninguém dizer o que você deve ou não ser. Por que você nasceu assim, você nasceu perfeito do jeito que Deus fez você. E Deus não comete erros.”

Créditos: Monster House

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